quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vampira de vidas.




Era uma jovem que tinha uma voz doce.
Ela chamava-me tão seguidamente, e tão calmamente.
Será que vale seguir em frente?
Ela perguntava-me insistentemente.

Se você me abraçar e me levar,
Quanto tempo vão levar para notar que eu parti?
Será que vão notar ainda minha falta após um mês?
Eu perguntava, ela só ria.

A vista aqui de cima é agradavél,
Mas não tenho asas.
Que dom terrivél tens, eu lhe dizia.
Ela me respondia, que era uma dádiva para alguns,
Seu abraço de misericórdia.

Caminhávamos lado a lado.
Seu rosto eu nunca vi, apenas senti sua ausência de calor.
Eu nunca mais a escutei,
Acho que desistiu de mim.
Desistiu de me tentar a ir com ela.

Meu lugar é aqui,
Tenho um mundo a descobrir.
Eu tenho calor em meu abraço e presença.
Não vou voar, não vou me afogar,
Por mais que as vezes ache que sim.
As vezes quando se ama, as coisas fazem menos sentido ainda,
Mas tem muito mais valor, e importância.
Por estes vales, eu não ando mais sozinha,
Nem acompanhada pelo frio.
Por mais fraco se sinta, isso não quer dizer que não se é forte.

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