domingo, 26 de julho de 2009

O monstro sem nome.



É uma histórinha que contaram em um anime:"Monster". Assistindo novamente pensei nas angústias que as vezes se tem em busca de algumas coisas, pessoas que passam por cima das outras para alcançarem seus objetivos, e quando conseguem percebem que estão sozinhas.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Fábrica.



Quando nascemos nos escolhem um nome. Enquanto crescemos formamos nossa identidade visual e nosso caráter. Crescemos um pouco mais e começamos a trabalhar. Nos escolhem pela postura, capacidade e qualificação. Nos dão uniformes: "Que legal não precisarei me preocupar com a vestimenta". Apesar daquela roupa não ser sua, não demonstrar sua identidade, ainda é você, é seu cabelo, sua criatividade, sua customização, você ainda tem sua individualidade. Te trocam os sapatos e te dão casacos, não querem cores, não querem personalidades, querem é um padrão mascarado pelo nome de formalidade. Costuram sua boca - "não se pode falar" - te ferem os olhos -" não se pode ver certas coisas" - Alinham seus pensamentos. Te proíbem enfeites, cores e adornos. Te desfiguram o rosto e algemam pelo pescoço com gravatas e lenços, tudo igual, no mesmo tom. Você ainda tem seu nome, você ainda pensa. Um belo dia te numeram e classificam por letras, a qualidade de ser humano não existe mais, é apenas mais um produto do sistema vendido pelo código.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Crescer.




Olho para o passado e o comparo com o presente.
Antes as crianças jogando bafo com "tazoo" ou outras figurinhas colecionáveis de salgadinho, agora dão lugar a fumantes nos corredores de uma universidade.
As crianças antes valentonas dão lugar a seres prepotentes.
As laranjinhas dão lugar a cerveja e as bonecas à mascaras.
Os sonhos deram lugar aos projetos.
Os rostinhos sujos a maquiagem.

A gente cresce e com o tempo vai perdendo o encanto que tínhamos pelas coisas quando éramos crianças. São horários, filas, palestras, compromissos. Não pulamos mais nas poças de chuva, nem cantarolamos no banho, nem fazemos esculturas e até "roupas" com a espuma de shampoo. Não comemos mais leite em pó puro e de colher. Não chegamos mais no 1º dia de aula e perguntamos "quer ser meu amigo?".

Outro dia deitei na grama e vi uma estrela cadente. A minha infância inteira, eu sempre deitava no chão e olhava para o céu. As vezes tinha impressão que poderia tocar as estrelas me esquecia o quão longe eu estava.

Eu não sinto falta de ser criança, sinto falta de ver pessoas menos sérias e fingidas de importantes. Sinto falta de darem valor para a amizade. Ser criança não é fácil.

Quantas angustias esqueço quando subo em um balanço! Ainda busco o entusiasmo inicial que eu possuía pela vida. Ainda tenho, mas grãos de areia nunca mais me fascinaram, pequenas coisas ainda me saltam aos olhos, mas creio que tudo é mais colorido para uma criança.

sábado, 4 de julho de 2009

Um dia na cidade.



Peguei a estrada, e fui atrás de um rumo.
Chega de marasmo, chega de papéis, chega de novela.
Deu, cansei. Chega de noticias sangrentas na tv.

Sai andando, cantarolando.
Com um sorriso na cara, e um coração transbordando de amor.
Vi passáros cantando, brincando nas poças de água.
Vi crianças correndo, idosos jogando dominó e contando piada.

Filas? Imagina, aproveite o tempinho parado e olhe o céu.
Tanta vida gritando ao redor!!!
As buzinas fazem uma orquestra (a dos malcriados, com apresentação maior nas sextas-feiras a partir das 17:30 h ).
"JOÃO VEM PARA CASA AGORA SEU DIABO"
Ahhh, que doce senhora, aquecendo a voz para cantar no teatro municipal junto da orquestra.

Vi uma criança fazendo bolinhas de sabão e seu cãozinho pegado-as.
Vi desenhos engraçados nas nuvens.

Os papéis de bala colocados cuidadosamente pelas pessoas no chão,
vi rodopiando em uma espécie de dança com o vento.
Parecia um furacãozinho.

Como é doce o otimismo.
Como faz falta ser criança as vezes.