terça-feira, 24 de março de 2009

Problemas

Por muito tempo me julguei uma pessoa infeliz.
Não entendia os meus problemas,
Minhas instabilidades, não era feliz!

Tenho pensado muito. Acho que começo a compreender.
Já desci ao fundo do poço, e sei que agora não estou nem perto de lá.
Sou uma pessoa com problemas, e meus problemas vem de esperar demais.

Eu espero encontrar alegria na vida e nas coisas, como uma criança pequena de menos de 2 anos, que aprende a conhecer o mundo, tudo fascina, tudo é magico....espero ainda encontrar esse entusiasmo inicial. Exijo de mim mesma esse entusiasmo inicial com tudo.

Eu encontro felicidade em tantas coisas, uma nuvem de formato engraçado, uma pássaro tomando banho em uma poça. Sei que a felicidade não é um receita de bolo, é feita de pedacinhos.

Sou uma pessoa com muitos momentos felizes.
Mas me sinto só, e é uma solidão que me acompanha há anos.

Penso demais.
Não sei o que é pior...pensar demais, ou não pensar...
Engolir tudo pronto, não questionar....

O que vale mais?
Não pensar e ter uma ilusão que está tudo bem?
Possuir sentimentos programados?

Ou sentir tudo?
Incluindo coisas boas e ruins?

Eu prefiro ter problemas de equilíbrio e viver em um mundo colorido,
Do que viver na mansitude e mornitude de um mundo cinza.

Prefiro ser um mosaico de emoções, mesmo que a maioria não se encaixe.

Sou feliz, amo muito, e tenho muito para aprender, inclusive a viver.

Cíntia

domingo, 22 de março de 2009

Palavras




Como pode algo ter tanto poder?
Poder de ferir, poder de curar?
De fazer rir e chorar?
Quando escrevo torno real, imortalizo o que sinto.
Por isso escrevo o que de certa forma superei, não o que pressinto.

Como pode, tantos sons ecoarem
E nada dizerem?
Nada confortarem?
Ser jogada ao vento e esquecida,
Ter como resposta apenas o próprio som?

Como pode a mesma coisa significar tudo e ao mesmo tempo nada?
Como pode a mesma coisa ser interpretada diferente,
Por cada pessoa, em cada momento.

Pode possuir tantas variáveis,
Porque palavras, estas, sós, nada dizem.
Ecoam se contradizem.
Meus olhos não negam.
Minha alma é só uma.

Palavras sem o emissor, nada dizem sozinhas.
Precisam de face, precisam de corpo,
Precisam do que mais lhes falta: Sentimento.

Cíntia.

"Árvores são poemas que a terra escreve ao céu, e o homem as derruba, e as transforma em papel, para registrar todo seu vazio"(Desconheço o autor)