domingo, 22 de março de 2009

Palavras




Como pode algo ter tanto poder?
Poder de ferir, poder de curar?
De fazer rir e chorar?
Quando escrevo torno real, imortalizo o que sinto.
Por isso escrevo o que de certa forma superei, não o que pressinto.

Como pode, tantos sons ecoarem
E nada dizerem?
Nada confortarem?
Ser jogada ao vento e esquecida,
Ter como resposta apenas o próprio som?

Como pode a mesma coisa significar tudo e ao mesmo tempo nada?
Como pode a mesma coisa ser interpretada diferente,
Por cada pessoa, em cada momento.

Pode possuir tantas variáveis,
Porque palavras, estas, sós, nada dizem.
Ecoam se contradizem.
Meus olhos não negam.
Minha alma é só uma.

Palavras sem o emissor, nada dizem sozinhas.
Precisam de face, precisam de corpo,
Precisam do que mais lhes falta: Sentimento.

Cíntia.

"Árvores são poemas que a terra escreve ao céu, e o homem as derruba, e as transforma em papel, para registrar todo seu vazio"(Desconheço o autor)

Um comentário:

Mirella Maris disse...

Palavras sem contextos são só palavras.
Mais quando são usadas para o desenvolvimento de uma obra entõa são grandiosas.
o fato é que cabe a cada um decidir a importancia que as dedicarão!