quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uma bela casca



  • São só palavras, não se preocupe.
  • Elas não dizem
  • Metade do que sinto,
  • Do que vejo...
  • Ó mundo cruel,
  • Envolto nas trevas da mentira.
  • O teatro não seria belo,
  • Se visses o que há atrás da cortina.
  • Angústia, dor,
  • Solidão, amor...
  • Quantas dúvidas podem
  • Povoar um ser.
  • Não, não se assuste.
  • Abra os olhos e poderá ver...
  • Cíntia.
  • Poema escrito há algum tempo....

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ainda é cedo





Vamos embora que ainda é cedo...
Ainda da tempo de correr atrás,

De dizer um eu te amo!
De dar um abraço,
De soprar a poeira do livro da vida.
Achar recordações quase perdidas.


Ainda da tempo para viver,
Pois em um segundo,
Eu revivi minha vida inteira
E quando olhei ainda era cedo,
Vi que ainda nem comecei a andar
Por estes caminhos,
Ainda tenho muito a trilhar....

Amores a descobrir,
Amigos a fazer
E uma vida para tornar vida!
Cíntia.
P.s. Amores não no sentido de pessoa, pois já tenho oDrinhu ;)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O avesso da vida



Uma musica que sempre gostei demais...

tem uma carga imensa!!!

Uma música tão presente para tantos....

Ah quem dera que a dor fosse inexistente.

Porém se assim o fosse, a alegria não teria valor.

Tem gente que ainda não aprendeu a viver.

Eu estou tentando!

Tudo é dor, e toda dor vem do desejo de não sentir dor.

;)

Tá ai a música - Clarisse.

Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela esquece

Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer

Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente

Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço

Clarisse está trancada em seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
E Clarisse só tem 14 anos...