Textos velhos 1

Um texto que devo ter escrito há uns 5 anos.
Estava limpando meu armário e achei uma folhinha amassada, com rabiscos pretos.

Olhando para a tão pouco tempo atrás, vejo o quanto já mudei.



"São só minhas loucuras insanas aqui registradas,
uma tentativa frustrada de jogar o que sinto para fora,
Mas não consigo sequer escrever aqui parte dela.

Rabisco em vão estas folhas,
Pois cada vez que escrevo uma lembrança,
É como se estivesse revivendo ela,
Sofrendo tudo de novo...

Penso que chega a ser em vão a minha existência.
Não há ninguém que se interesse por uma vida apagada,
Cuja a existência chega a lembrar um fantasma".

Andrea Doria

Tenho cantarolado essa música nos últimos dias.

Acho ela até otimista, não carrega tanto o pessimismo do Legião.

Tantas vezes perdemos a fé em nós mesmos, e queremos que o mundo ao nosso redor mude, quando a mudança tem que partir de dentro de cada um.

Muitas pessoas me acham pessimista, diria que eu sou na verdade mau-humorada, e as vezes até rabugenta, mas nunca pessimista.

Só de olhar para essa foto eu me sinto feliz e cheia de esperança. Eu encontro beleza em cada grão de areia. Não nego, me sinto extremamente cansada da vida as vezes. O corpo dói, a cabeça dói, cada músculo do meu corpo dói, mas nunca deixo de ver o encanto das coisas.

Andrea Doria.

Às vezes parecia
Que, de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro
Mas percebo agora
Que o teu sorriso Vem diferente Quase parecendo te ferir

Não queria te ver assim
Quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto
Até chegar o dia em que tentamos ter demais Vendendo fácil o que não tinha preço
Eu sei, é tudo sem sentido
Quero ter alguém com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como eu sei que tens também